sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Para alunos de estágio I: pensando alto...

Pessoal,

Ontem foi tão bom para mim ter escutado as profs, que vocês nem sabem...
Teria muitas coisas para elencar dessa conversa, mas vou mencionar as mais proeminentes:
1) Fiquei bem feliz de ter visto que a palavra "leitura" ocupou um peso semântico mais forte do que "literatura". As pessoas precisam ler, ler para se deleitar, ler por prazer, ler ficção por paixão...Lembrei da minha escola em Alegrete, que fazia exatamente isso que a profa. Magda comentou, ir para a biblioteca e apropriar-se daquelas prateleiras sem pensar no tempo, sem cobranças, simplesmente pela curiosidade da leitura. Quando eu era criança, nós alternávamos os recreios entre ficar lendo na biblioteca atirados em suas almofadas fofas do chão ou brincar de "gurias pegar os guris", ou inverso, no pátio da escola (nenhuma conotação sexual nessa brincadeira, era uma corrida inocente mesmo...). Bueno, tanto uma como outra atividade mexiam com o corpo: a primeira, com os sentidos e a percepção e a segunda, com os movimentos. Acho que essa é a saída: o corpo é que nos faz sujeito em alteridade. Isso ficou claro nos exemplos do teatro mencionados pela profa. Magda e também pela Michele, pelo jogral da Profa. Silvia e do Dilmar, enfim... lembrei também que lá na minha escola de Alegrete a gente fazia muito teatro mesmo, em todas as disciplinas, se bobeava até teatro de matemática a gente fazia. Naquela época, a gente gostava muito de imitar os personagens das novelas da televisão e tudo que a gente fazia era se fazer passar por um personagem, envolvendo-o no conteúdo que estudávamos, uma viagem só. Bueno...isso são apenas RECUERDOS, nunca vou me esquecer que fui a Laurinha Figueroa da Rainha da Sucata.
2) Embora não tenha ficado explícito, é evidente que o professor vive um dilema muito presente na atualidade: O DILEMA DA SUA PROFISSÃO E O DILEMA DOS OBJETIVOS DE ENSINO. A profissão-sacerdócio, de caráter humanitário, que se defronta com os problemas sociais diariamente é interpelada a se defrontar com aquilo que a Rose mencionou sobre as avaliações externas (SAEB, SAERS, PISA, ENEM, etc.). Às vezes, quase sempre, o professor faz uma opção por uma das duas posturas e os resultados disso nunca estarão impunes às suas conseqüências ("ser humano" pode facilmente ser confundido com ser "lassivo" e ser exigente pode facilmente ser confundido com ser "ruim, mau" . Dilema insolúvel, mas não nos abstemos de continuar pensando nele...
3) Na minha tese de doutorado advoguei a favor da SENSO-COMUNOLOGIA, com base no sociólogo francês Michel Maffesoli. Cada dia mais me convenço que o senso comum é muito sábio!!!!!!!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O que é um professor "humano"???

Engraçado quando escutamos essa expressão "gostaríamos de um professor mais humano". Será que os professores são ET´s? Às vezes a impressão é que esse é o efeito mais presente da relação professor-aluno. Como eu acredito na existência do incosciente (e na contradição como constitutiva do sujeito), sei que é muito complicado esperarmos que nossas ações sejam entendidas na mesma proporção que as imaginamos, mas enfim... fazer o quê!!! Fazemos coisas, acreditamos no que fazemos e continuamos nossa caminhada...isso que importa.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Reflexão para alunos do Estágio I: "eles não querem dar aulas para a educação básica"

Pesquisa mostra que estudantes de licenciatura do Espírito Santo não querem ser professores da rede básica de ensino. Vilmara Fernandes escreve para a "Gazeta do ES": um terço dos estudantes dos cursos de licenciatura - nas áreas de Ciências Biológicas, Pedagogia, Letras e Matemática -, não quer ser professor da eucação básica (ensino infantil até o médio). É o que indica pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas. O estudo foi encomendado pela Secretaria Estadual de Educação (Sedu) na tentativa de identificar as falhas na formação do educador no Espírito Santo. O relatório inicial da pesquisa, feito com base no perfil de avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), mostra que esses alunos preferem se dedicar a atividades acadêmicas, direcionando sua carreira para a docência de ensino superior, ou buscar um curso de pós-graduação. Para o secretário estadual de Educação, Haroldo Rocha, esse é um dos desafios a ser enfrentado. "Temos investido na formação dos que já atuam no magistério e em melhorias salariais. Mas, para atingir nosso objetivo - que é melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem-, temos que melhorar a qualidade da formação de nossos professores", diz Rocha, ressaltando que pesquisas nacionais já apontaram que todas as licenciaturas são frágeis na capacitação profissional, principalmente em práticas didáticas. "As faculdades ensinam conteúdo, mas poucas ensinam a dar aulas". Ele não descarta a possibilidade de o estado oferecer uma bolsa de estudos para que alunos dessas áreas se dediquem exclusivamente à formação, evitando jornadas de trabalho. Pretende ainda disponibilizar as escolas do estado como laboratório para os estudantes. Espaços onde poderão, com monitoramento, aprender a prática de dar aulas. O relatório final da pesquisa está sendo aguardado para o final de setembro. Vai apontar o que precisa mudar nas ementas e na grade curricular dos cursos de licenciatura. "Os profissionais que deixam a faculdade hoje não possuem uma formação contemporânea, adequada às salas de aula que passaram por grandes transformações. Precisamos de um outro tipo de professor", observa Rocha. Como parte dessas mudanças, Haroldo lembra que o concurso público deste ano já contempla uma avaliação específica, que vai medir a habilidade do educador em sala de aula. Nova formação deve ter início logo Para o presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE) Artelírio Bossanello, as mudanças propostas na formação dos professores só vão ser sentidas daqui a dez anos. "Mas é importante começar logo", assinalou, relatando ainda que para colocá-las em prática será necessário um projeto que demandará tempo. Para a representante da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Célia Maria Vilela Tavares, essa é a oportunidade de os municípios poderem apontar qual a formação que desejam para os seus professores. "O que percebemos hoje é que eles se formam para um aluno ideal, para uma Escola ideal. Mas vão atuar numa Escola real, para a qual não estão preparados". Participam ainda das discussões sobre as mudanças na grade curricular dos cursos de licenciatura a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o Instituto Federal de Ensino Superior (Ifes) e o Sindicato dos Estabelecimentos Estaduais de Ensino Privado (Sinepe).(Gazeta do ES, 18/8).

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A formação e a vida

Hoje em dia existem milhões de cursos superiores (realidade bem diferente do que havia na época dos meus avós e dos meus pais). Tem curso para todos os gostos (presencial, a distância, nas públicas, nas particulares, etc.). Curso de Letras então...nossa!!!!!!!!!!!!!!! Esse se propaga mais que a gripe suína. Que bom que é assim!!! Mais emprego para nossos licenciados que buscarem continuar sua formação, mas ao mesmo tempo, mais problemas na disputa das vagas (muita oferta e pouco emprego tende a pagar salários mais baixos, porque até hoje quem ganha mais é porque tem uma formação mais "rara" e é bem valorizado no mercado ou na pior das hipóteses, não lhe falta emprego, pode escolher). Enfim, continuo pensando no dilema da formação: a educação do nosso aluno deve ser muito, muito sólida, mas essa solidez não se resume ao fazer prático, ao saber-fazer, ao executar. Ela precisa conciliar esse fazer com o retorno intelectual/reelaborado desse fazer. A questão é que hoje não damos conta nem de uma coisa, nem de outra. É certo que a vida não se resume ao poder de compra, ao acesso aos bens de consumo, mas também é verdade que sem o mínimo de investimento (boa formação, bons livros, boas oportunidades de discussões com pessoas de vários pontos de vista, enfim, boas oportunidades de sairmos de nosso mundinho, de nosso próprio cotidiano, de nosso próprio saber-fazer) nada acontece. Qualquer ousadia é antes uma condição de possibilidade. Como criamos essa condição em nós e nos outros é um grande mistério.

domingo, 16 de agosto de 2009

A contradição é MESMO constitutiva do sujeito

Bueno,

Depois de ficar de segunda até sábado ouvindo palestras (em POA, Caxias e Bagé) mais me convenço de que um dos princípios básicos da Análise do discurso de linha pecheautiana é verdadeiro: A CONTRADIÇÃO É CONSTITUTIVA DO SUJEITO.
Um ensino emancipatório e crítico pressupõe um professor também crítico, mas se a adesão ao discurso da emancipação se dá de forma totalitária, extrema, o sujeito formado não aceita as normas do sistema e assim, autoexclui-se. A auto-exclusão funciona como uma estratégia aparentemente "razoável" no plano do discurso, mas inoperante no plano da ação.
Ou seja, tenho que formar um cara que tenha visão de coletivo, de sociedade para poder transformá-la (ser UM agente de transformação), mas esse cara precisa entrar numa lógica tal que perceba a importância do esforço pessoal, da auto-superação, de que nada cai do céu de graça, de que qualquer luta antes de ser coletiva é individual. Essa é a contradição (dilema) do formador, que é interpelado a lidar com o coletivo, mas ao mesmo tempo só vê possibilidade de agência sobre o indivíduo (contribuindo para sua interpelação em sujeito agente). É isso...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Tudo pronto para o início do semestre

Olá alunos,

Hoje passei a tarde I - N - T - E - I - R - A na PLANCÓPIAS deixando o material das disciplinas de ESPANHOL BÁSICO II, ESPANHOL PRÉ-INTERMEDIÁRIO II E ESTÁGIO I. Todas as informações complementares que por ventura surgirem, vão estar disponíveis no meu site http://sites.google.com/site/professoravalescaunipampa/, que vocês devem se acostumar a acessar com freqüência. Espero que este semestre que chega seja de muito trabalho, muita motivação e muita aprendizagem. Vamos tentar ocupar o máximo possível nosso período de aulas (iniciando no horário e indo até o final, às 22h40min, com intervalos curtos). Eu digo para vocês uma coisa: gostar de estudar e se dedicar aos estudos pode ser muito gratificante, muito prazeroso, basta estar motivado. Conto com vocês e vocês podem contar comigo sempre que estiverem motivados para a aprendizagem.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Maldita gripe suína!!

Ninguém merece!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
É uma novela essa história de gripe suína...
Espero que pelo menos todo mundo volte cheio de gás para o reinício e que aproveitem as férias prolongadas para estudar...