domingo, 16 de agosto de 2009

A contradição é MESMO constitutiva do sujeito

Bueno,

Depois de ficar de segunda até sábado ouvindo palestras (em POA, Caxias e Bagé) mais me convenço de que um dos princípios básicos da Análise do discurso de linha pecheautiana é verdadeiro: A CONTRADIÇÃO É CONSTITUTIVA DO SUJEITO.
Um ensino emancipatório e crítico pressupõe um professor também crítico, mas se a adesão ao discurso da emancipação se dá de forma totalitária, extrema, o sujeito formado não aceita as normas do sistema e assim, autoexclui-se. A auto-exclusão funciona como uma estratégia aparentemente "razoável" no plano do discurso, mas inoperante no plano da ação.
Ou seja, tenho que formar um cara que tenha visão de coletivo, de sociedade para poder transformá-la (ser UM agente de transformação), mas esse cara precisa entrar numa lógica tal que perceba a importância do esforço pessoal, da auto-superação, de que nada cai do céu de graça, de que qualquer luta antes de ser coletiva é individual. Essa é a contradição (dilema) do formador, que é interpelado a lidar com o coletivo, mas ao mesmo tempo só vê possibilidade de agência sobre o indivíduo (contribuindo para sua interpelação em sujeito agente). É isso...

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